“Atividade do policial penal pode ser virada de chave para recuperar o preso”, defende vereador por Goiânia

Com 1.365 votos nas eleições de 2020, Fabrício Bonfim afirma que adotou como principais bandeiras a questão da segurança pública

Fonte: Jornal Opção

Fabrício Bonfim (SD) é policial penal há 22 anos, e servidor público há 37 anos. Atualmente, ele se tornou o primeiro vereador de sua área de atuação em Goiânia, com o licenciamento de outro vereador da Câmara Municipal.

Em entrevista ao Jornal Opção, Fabrício Bonfim comentou sobre suas expectativas como parlamentar, as eleições de 2024, em que é pré-candidato a vereador por Goiânia, e principalmente sua experiência como policial penal. Para ele, é esse profissional que pode ser determinante na vida do reeducando.

“Goiás entendeu, primeiro que os outro estados, que a atividade do policial penal vai além da custódia. Pode ser a virada de chave para transformar as estatísticas e recuperar esse preso. A função é essa. Na medida em que você controla o cárcere, ou seja, o Estado com a sua mão forte coloca bem claro que quem manda é o Estado. No segundo momento, a gente tenta recuperar esse indivíduo para que ele possa voltar à sociedade. O resultado está aí: Goiás se tornou o Estado mais seguro do Brasil em uma soma de esforços”, argumenta.

O vereador defende que o sucesso da atuação penal ocorra em dois momentos. Primeiro, ele destaca a necessidade de combater rebeliões, fugas, e corrupção, fato que o parlamentar aponta que ocorreu em Goiás para a diminuição “vertiginosa” das estatísticas da criminalidade, somados aos esforços da Polícia Militar (PM) e da Polícia Civil (PC).

Em seguida, Bonfim ressalta que é preciso ter “boas práticas prisionais”. Em outras palavras, ele afirmou que, após o preso estar contido, é necessário qualificar, capacitar e oferecer emprego para que, ao sair, ele possa voltar ao convívio da sociedade.

“Ao controlar a entrada de ilícitos, minimizar a corrupção e evitar fugas e regalias, foi possível dar uma resposta do lado de fora dos presídios. De cada dez presos, sete voltam a cometer crime. Se nós não tivermos política de ressocialização, ele vai voltar a cometer crime. Nós sabemos que boa parte vai continuar, mas se nós oportunizarmos o trabalho, capacitar esse indivíduo lá dentro, ele vai voltar e ajudar na subsistência da sua família. Isso não é uma opinião. As estatísticas e uma vida de estudos dedicada à polícia penal comprovam isso”, pontua.

Bonfim se tornou destaque à frente da Unidade Prisional de Orizona (GO) por práticas de ressocialização. Entre 2018 a 2020, a Unidade Prisional teve diminuição de 33% da população carcerária, e 95% dos presos foram contemplados pela remição de pena.

“Foi o único presídio considerado modelo no Estado. Lá tinham 83 presos e só três não exerciam algum tipo de atividade. Essa estatística fez com que a Orizona tivesse um decréscimo na criminalidade extraordinária, comprovada e testada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. A estratégia de atuação da Polícia Penal é chave na estratégia de segurança pública”, reforça.

Vida política

Com 1.365 votos nas eleições de 2020, Bonfim afirma que adotou como principais bandeiras a questão da segurança pública, meio ambiente, mobilidade urbana e lazer, além do envolvimento com movimentos sociais e classistas.

“Sempre conciliei as minhas funções na polícia penal com o movimento antirracista e a política. Eu sou do primeiro concurso, de 2002, quando era agente de segurança prisional, que se tornou policial penal. Fui presidente de bairro na região centro-oeste de Goiânia. Fui candidato três vezes e agora, na terceira vez, como quarto suplente, acabei, por uma articulação, ou até um pouco de sorte, tive a oportunidade para assumir até o dia 6, ou seja, quatro meses”, disse.

Fabrício Bonfim é bacharel em Direito e turismo, e atua como policial penal, professor e palestrante, desde 2003. Já fez parte do corpo de colaboradores da Casa do Albergado, Penitenciária Onestino Guimarães (POG) e no Presídio de Bela Vista.

No campo social, foi presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, diretor da Associação dos Policiais Penais do Estado de Goiás (ASPPEGO) e diretor na Federação Sindical Nacional de Servidores Penitenciários e dos Policiais Penais (FENASPEN).

Fonte: Jornal Opção

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